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1- Vícios de linguagem

1.1 – Introdução

Nos dias de hoje é possível verificar que a linguagem natural tem o seu advento de maneira espontânea no seio da sociedade e, bem por isso, traz consigo determinados vícios: significado emotivo das palavras, utilização de palavras genéricas, ambigüidade, vagueza.
E por tudo que o se sustentou até aqui, não há dúvidas de que a linguagem científica é dotada, essencialmente, de nítido rigor lingüístico. O cientista procura, pois, escapar da vulnerabilidade da linguagem natural e, bem assim, dos vícios mencionados. Mas não se trata, pois, de questão fácil de ser resolvida.
Ainda que se considere a linguagem jurídica uma linguagem eminentemente formal e técnica, convém não se esquecer que muitos princípios, conceitos, proposições, enunciados e, enfim, normas, constituem produção cultural do conhecimento, que passa por uma constante evolução.
Embora possamos considerar que a linguagem jurídica não tenha nascido no seio da sociedade, não devemos negar, contudo, que foi justamente para a sociedade que o Direito foi criado.

A mesma importância que encontramos na linguagem natural para os povos é observada pelos cientistas: a linguagem é, por assim dizer, um componente trivial de qualquer ciência. Mas, diferentemente da linguagem natural, o cientista procura edificar sua ciência por meio de uma linguagem essencialmente artificial, própria, peculiar, que atende e respeita a um forte rigor conceitual. Certamente, o cientista assim o faz numa tentativa de se destoar da fragilidade da linguagem natural, procurando escapar dos problemas de ambigüidade, incerteza e vagueza, sempre presentes nessa linguagem.

2- Correspondências oficiais

A nossa Constituição, ao ser elaborada, foi acometida por erros gramaticais em tal profusão que necessário se fez recorrer ao renomado professor Celso Cunha para proceder a uma acurada revisão da sua ortografia. Mais recentemente, milhares de brasileiros viveram a expectativa

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