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Minas inundadas proporcionam calefação e refrigeração na Holanda
Isabel Ferrer Em Haia (Holanda)

O aproveitamento da água acumulada nas minas abandonadas, um projeto experimentado pela primeira vez na Holanda, consiste em extrair energia geotérmica do líquido para fornecer água quente (em calefação) e fria (em ar condicionado) a edifícios da vizinhança. Com essa fórmula as emissões de
CO2 podem ser reduzidas em cerca de 55%.
Nos países desenvolvidos, a climatização corresponde a 50% do consumo energético. Para fornecer a energia verde, que durante o experimento holandês abasteceu cerca de 200 lares e 22 mil habitantes, era preciso contar com minas inundadas de forma natural. Ellianne Demollin-Schneiders, coordenadora municipal de gestão energética, pensou que as minas fechadas em Herleen quatro décadas atrás poderiam ser recuperadas, e a França, a
Alemanha e o Reino Unido aprovaram o plano. O apoio definitivo chegou com o programa de investimentos do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, que forneceu 48% dos 20 milhões de euros estimados.
Conferência do Clima COP15




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Na mina de carvão holandesa as galerias tinham de ser bombeadas sem parar para serem mantidas secas. A água que se acumula em profundidade adquire uma temperatura de 32 graus centígrados. Perto da superfície, entretanto, fica a 28 graus. Como o difícil é transportar a água, uma rede de encanamento de sete quilômetros de extensão teve de ser desenhada. Também foi criada uma central que extraísse o calor da água. Uma vez escolhidas as minas (Oranje
Nassau I e Oranje Nassau III), dois poços de cerca de 800 metros de profundidade foram perfurados. Uma vez concluídos, a água pôde ser bombeada à razão de 80 metros cúbicos por hora. A imobiliária local Weller, principal investidora, financiou depois a abertura de outros três poços com profundidade entre 250 e 500 metros.

A água extraída devia primeiramente ser purificada,

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