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1582 palavras 7 páginas
O bom professor

inteligência afectiva
Não querem um super-professor. Querem apenas alguém que os apoie. Pode também ser compreensivo. E se não for pedir muito: divertido e bem disposto. Se não, pelo menos que cumpra a sua função principal: a de explicar bem a matéria. Este é o perfil do professor que o aluno gosta de ver na sala de aula.
À pergunta responde com um sorriso contido. De quem nunca tinha pensado no assunto. Eleva as sobrancelhas. Leva a mão ao queixo e atira: ?O bom professor é aquele que se preocupa com os alunos.? Ultrapassado o bloqueio inicial a resposta prolonga-se. ?E que tenta explicar a matéria da melhor forma possível para todos os que tenham dificuldades?. Um momento de pausa. ?Tem também de ser bom conversador e apoiar os alunos?, conclui Rui Couto, 19 anos, a frequentar o 11º ano.
Por ter encontrado nele estas características, o professor de Geografia que apanhou no 9º ano merece de Rui Couto um elogio rasgado. ?Era um store espectacular!?, recorda saudoso. O mérito do também director de turma estava no facto de não só dar bem a matéria, como de estar sempre bem disposto e brincar muito nas aulas. O reconhecimento do aluno encontra eco na opinião de sua mãe.
Elvira Couto, que sempre acompanhou as reuniões de pais com o director, reconhece que ele ?mostrava conhecer o feitio de cada aluno?. Ou seja: sabia quem eram os alunos mais extrovertidos ou introvertidos. O que o levava, segundo a educadora, ?a dar as aulas de forma mais personalizada?. Uma qualidade que Elvira Couto acredita ser apanágio do bom professor.
Ao herói da Geografia, Rui Couto contrapõe o professor de Matemática do 7º ano. De sobrancelhas franzidas o aluno explica a razão do desmérito: ?Só despejava matéria!? Mas o pior é que ?nunca explicava o que dava?. E por isso, lamenta, ?só os melhores acompanhavam as aulas.? Os outros, encolhe os ombros, ?não percebiam nada!? Depois, ?fazia uns testes muito difíceis!?, remata.
Entre afectos e competência
A professora

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