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POESIA E LIVRO DIDÁTICO: UMA RELAÇÃO E VÁRIAS QUESTÕES
Elaine Aparecida LIMA (PG – UEL)

ISBN: 978-85-99680-05-6

REFERÊNCIA:
LIMA, Elaine Aparecida. Poesia e livro didático: uma relação e várias questões. In: CELLI –
COLÓQUIO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E
LITERÁRIOS. 3, 2007, Maringá. Anais... Maringá,
2009, p. 290-302.

Em 1996, o Ministério da Educação estabeleceu uma avaliação oficial para os livros inscritos no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). A partir de então, para que as obras didáticas sejam levadas à escolha dos docentes de escolas públicas e depois adquiridas e distribuídas gratuitamente pelo MEC, elas devem apresentar diversidade de gêneros textuais e discursivos, sendo imprescindível a presença da literatura e, por conseqüência, da poesia.
Todavia, a obrigatoriedade do comparecimento da literatura e, por conseguinte da poesia, dentre os textos a serem trabalhados na escola em pouco ou nada contribuiu para uma abordagem mais qualitativa dos textos em pauta dentro das instituições de ensino. Sem levar em conta que não é a presença da poesia, e sim o trabalho qualitativo com esta, o responsável pela formação do bom leitor, o MEC acaba, por vezes, levando às escolas livros didáticos de qualidade questionável, os quais, variadas vezes, permanecem como único meio de contato do aluno com produções poéticas.
Deixando em segundo plano a abordagem quantitativa e pautando-se em aspectos qualitativos, este artigo intenta a análise do trabalho realizado com a poesia em nove coleções didáticas, cujos volumes são destinados alunos do Ensino Fundamental:
Novo Caminho (CORREA e PONTAROLLI, 1997), Linguagem Nova (FARACO e
MOURA, 2005), Entre Palavras (FERREIRA, 2002), ALP (CÓCCO e HAILER, 2000),
Viver e Aprender(MARTOS, 2000), A palavra é sua (CORREA e LUFT, 2000),
Linguagem Viva (MIRANDA e RODRIGUES, 2000), Português Dinâmico
(SIQUEIRA e BERTOLIN, [199-?]) e Atividades de Comunicação em Língua
Portuguesa (SARGENTIM, [199-?]). A preocupação principal é verificar