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A “FLUIDIFICAÇÃO” DOS CONCEITOS
Marx pretendia escrever um livro, explicando sua concepção da dialética. Por mais importantes que sejam esses estudos são interpretações polêmicas, que podem substituir a exposição da dialética como método. Alguns pontos foram devidamente esclarecidos pelo próprio Marx, quando ele falou de diferenças fundamentais entre seu método e o de Hegel.
ORIGENS DA DIALÉTICA
Na antiga Grécia dialética era a aro te do diálogo. Aristóteles considerava Zênon de Eléa o fundador da dialética. Na acepção moderna, dialética significa outra coisa: é o modo de pensarmos as contradições da realidade como essencialmente contraditória em permanente transformação.
Parmênides ensinava que a essência profunda do ser era imutável e dizia que o movimento (a mudança) era um fenômeno de superfície. Essa linha de pensamento podemos chamar de metafísica. A concepção dialética foi reprimida, historicamente sendo empurrada para posições secundárias.
A metafísica se tornou hegemônica, mas não desapareceu. Segundo Aristóteles, todas as coisas possuem determinadas potencialidades. Com seus conceitos de ato e potência conseguiu impedir que o movimento fosse considerado apenas uma ilusão desprezível, um aspecto superficial da realidade.
A dialética ficou sufocada

A CONTRADIÇÃO E A MEDIÇÃO
Nenhuma teoria pode ser tão boa a ponto de nos evitar erros. A teoria nos ajuda, fornecendo importantes indicações. A população é um todo, mas o conceito de população permanece vago se nós não conhecemos as classes de que a população se compõe. Por meio de análises, chegamos a conceitos cada vez mais simples.
O ponto de partida não é um conceito rudimentar: e uma expressão que designa, ainda confusamente, uma realidade complicada. A análise, portanto só pode ser orientada com base em uma síntese anterior.
A dialética de acordo com Carlos Nelson Coutinho não pensa o todo negando as partes, nem pensa as partes abstraídas do todo. Ela pensa tanto as contradições entre

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