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A professora de creche: a docência e o gênero feminino na educação infantil.

Historicamente a creche é resultado de luta das mulheres, mais hoje em dia este ambiente não é mais uma opção e sim um dever do Estado e um direito da criança. Em meio a este espaço identificam-se duas categorias de profissionais: a professora que é reconhecida para tratarem das questões ditas pedagógicas, e as monitoras responsáveis pelo cuidado físico, alimentar e higiênico da criança , assim caracterizando a creche como um ambiente familiar.
Essas profissionais têm formações, carga horária e salário distintos, a professora tem sua formação pedagógica, mas não direcionada para crianças tão pequenas e a monitora muitas vezes nem o ensino básico. Essa realidade assim identificada trás a separação entre trabalho manual/trabalho intelectual: natureza/cultura: razão/emoção. Isso faz com que persista a lógica de subordinação de raça, classe e gênero.
Pensar no ambiente de creche, nos trás a concepção de um lugar onde o profissional é diferenciado dos professores de outros níveis de ensino, um local onde a criança pequenininha não pode ser escolarizada precocemente. Então este ambiente será constituído como local de formação, daí começa a surgir à ideia da experiência feminina para esta formação, aliada aos conhecimentos da formação profissional.
Mas em se tratando da categoria de gênero não é porque há mulheres que a profissão é feminina, isso é uma marca em nossa cultura, pela associação entre as características ditas femininas e o saber natural do cuidado com crianças, nesse sentido não há saber natural, pois as professoras adquiriram este saber socialmente, tendo em vista que as brincadeiras das meninas nos remetem ao cuidado e a demonstração de sentimentos pelas bonecas.Neste sentido a experiência feminina como mães, ou tendo uma vocação em cuidar de crianças,não será suficiente. Daí então a necessidade que se aponte para uma profissionalização e intencionalidade educativa, com o

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