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Isolamento social
Acompanhe a descrição de dois casos de isolamento social, em que seres humanos foram criados desde pequenos entre animais:
Ramu, o “menino-lobo”, criado numa alcatéia e recolhido por pessoas que o encontraram quando tinha 10 anos de idade, morreu sábado numa instituição dirigida por Madre Teresa de Calcutá. [...] Ramu chegou a aprender a tomar banho e a vestir-se sozinho, mas continuou a andar de quatro e a se alimentar de carne crua. Também nunca aprendeu a falar e jamais deu sinais de querer se integrar socialmente (O Estado de S. Paulo, 26 fev. 1985).
Amala e Kamala eram duas meninas que foram descobertas em 1921, numa caverna da Índia, vivendo entre lobos. Essas crianças, que na época tinham aproximadamente idades de 4 e 8 anos, foram confiadas a um asilo e passaram a ser observadas pelos estudiosos. Amala, a mais jovem não resistiu à nova vida. A outra, porém, viveu mais uns oito anos. Ambas apresentavam hábitos alimentares bastante diferentes dos nossos. Como fazem normalmente os animais, elas cheiravam a comida antes de tocá-la, dilacerando os alimentos com os dentes e poucas vezes fazendo uso das mãos como instrumento para beber e comer. Possuíam aguda sensibilidade auditiva e desenvolvimento do olfato para a carne. Para se locomover apoiavam-se sobre as mãos e os pés, adotando a marcha quadrúpede, como faziam seus antigos companheiros, os lobos. Kamala, por exemplo, levou seis anos para utilizar a marcha ereta. Notou-se também que Kamala não se sentia à vontade na companhia de outras pessoas, preferindo a dos animais, que se entendiam maravilhosamente com ela, jamais se espantando quando de sua aproximação (A. Xavier Teles, Estudos Sociais, p. 115-116).
Esses dois casos, mais o de Gaspar Hauser – o selvagem encontrado numa floresta da França e estudado pelo psiquiatra Itard –, são exemplos que mostram que o indivíduo criado fora da convivência humana não se torna humano. Há absoluta necessidade do grupo para que o comportamento

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