025049671945

4019 palavras 17 páginas
SAVINI, D. 4 ed.
Fichamento
As Teorias da Educação e o Problema da Marginalidade
O Problema
De acordo com estimativas relativas a 1970, "cerca de 50% dos alunos das escolas primárias desertavam em condições de semi-analfabetismo ou de analfabetismo potencial na maioria dos países da América Latina." (pág. 1)
No que diz respeito á questão da marginalidade, as teorias educacionais podem ser classificadas em dois grupos. (pág. 1)
Num primeiro grupo, temos aquelas teorias que entendem ser a educação um instrumento de equalização social, portanto, de superação da marginalidade. (pág. 1)
Num segundo grupo, estão ás teorias que entendem ser a educação um instrumento de discriminação social, logo, um fator de marginalização. (pág. 1)
Percebe-se facilmente que ambos os grupos explicam a questão de marginalidade a partir de determinada maneira de entenderias relações entre educação, e sociedade. Assim, para o primeiro grupo a sociedade é concebida como essencialmente harmoniosa, tendendo á integração de seus membros. A marginalidade é, pois, um fenômeno acidental que afeta individualmente a um número maior ou menor de seus membros o que, no entanto, constitui um desvio, uma distorção que não só pode como deve ser corrigida. [...] No que respeita ás relações entre educação e sociedade, concebe-se a educação com uma ampla margem de autonomia em face da sociedade. Tanto que lhe cabe um papel decisivo na conformação da sociedade evitando sua desagregação e, mais do que isso, garantindo a construção de uma sociedade igualitária. (pág. 2)
No segundo grupo, a marginalidade é entendida como um fenômeno inerente á própria estrutura da sociedade. Isto porque o grupo ou classe que detém maior força se converte em dominante se apropriando dos resultados da produção social tendendo, em conseqüência, a relegar os demais á condição de marginalizados. Nesse contexto, a educação é entendida como inteiramente dependente da estrutura social geradora de marginalidade. (pág. 3)
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