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O Rio Grande do Sul ganhou recente disputa com o Rio de Janeiro por investimento de R$ 250 milhões da futura fábrica de caminhões da Foton Aumark (leia aqui). Um dos trunfos do Estado para levar a melhor foi o terreno já terraplanado no município gaúcho de Guaíba. Com 1,5 milhão de metros quadrados, ele permitirá que a Foton e parte de seus fornecedores de autopeças ergam suas instalações no ano que vem e comecem a produzir em 2015. A coordenadora executiva do Programa Setorial Automotivo e de Implementos Rodoviários do Rio Grande do Sul, Maria Paula Merlotti, acompanha o projeto da Foton e contou em entrevista àAutomotive Business que a empresa encontrou problemas em três áreas diferentes no Rio de Janeiro, por causa de licença ambiental e localização. “O nosso terreno, além de preparado, serviu como garantia para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovar o financiamento.” No caso da Foton, o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) emprestará R$ 40 milhões para o início das obras. O valor será devolvido quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberar o financiamento de 80% do investimento, em operação que deve ser finalizada em um ano. Maria Paula não revela quanto a Foton pagará pelo terreno, mas diz que é prática do Estado vender áreas para fabricantes do setor por preços bem mais baixos. “Cobramos apenas um valor simbólico. Às vezes, apenas 10% do preço. O que importa para o Rio de Grande do Sul é atrair montadoras e ganhar participação na produção de veículos, autopeças e também de implementos rodoviários e de máquinas agrícolas. O setor automotivo é uma das principais portas para aumentarmos a nossa parcela no PIB do País”, destaca a executiva. Segundo dados do programa setorial automotivo, atualmente mais de 10% da força de trabalho da indústria automobilística é gaúcha, sendo responsável por 6,1% dos autoveículos fabricados no Brasil e arrecadação de mais de R$ 300 milhões em ICMS

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