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Simbolismo (1890-1915)
A geração de 70 evoluíra, à altura dos Vencidos da Vida (1887), para uma visão menos cientificista da realidade, o que significou o atenuamento dos ímpetos revolucionários, e o encontro, ou o reencontro, com "verdades" morais e espirituais negadas até à época. O Ultimatum inglês (1890) veio suspender alto a onda de insatisfação perante o futuro a que Portugal parecia destinado. Nessa atmosfera, em que desembocam ainda várias correntes estéticas e ideológicas de origem Francesa e alemã, era de esperar franca e decisiva reviravolta. Foi exactamente o que aconteceu. No plano literário, nova geração, nascida ou formada em tal clima de saturadas indisposições ou de abatidos desalentos, se ergue, com o peculiar entusiasmo reformador, fazendo centro, inicialmente, em duas revistas académicas de Coimbra, Os Insubmissos e Boémia Nova, ambas de 1889. Enfeixando colaboração de Eugénio de Castro, Alberto Osório de Castro, Alberto de Oliveira, António Nobre, Agostinho de Campos e outros, divulgavam-se nelas os grandes nomes contemporâneos das letras Francesas, notadamente aqueles empenhados no movimento simbolista e decadentista.
Dessa forma, as últimas caracterizações do Realismo, a partir de 1890, coincidem, inclusive nalguns aspectos intrínsecos de postura mental diante da Literatura, com os postulados da geração que inaugurava o movimento simbolista. A dificuldade em ver nitidamente as linhas mestras do fim do século passado reside, sobretudo, na simbiose, meio fortuita e meio à revelia, que existiu entre realistas e simbolistas.

As origens remotas do movimento simbolista devem ser procuradas no Romantismo: o primeiro é uma espécie de continuação do segundo, mas com algumas características próprias.
As origens próximas do Simbolismo estão na França, onde remonta a Baudelaire o início dum processo de modernização da poesia. Suas Flores do Mal, (1857) e a teoria das correspondências", na da de um de seus sonetos, inaugurara uma verdadeira

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