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Capitulo I Gostaria de estar com meu melhor amigo agora, mas não posso. Tudo por ser uma estúpida. Há duas semanas foi feita a seleção para saber de que deus seriamos discípulos e todos da minha idade foram selecionados para seguir um ramo dos estudos. Joana agora era aprendiz do deus Connor, sempre fora muito inteligente, Rosa estudava a natureza, ramo do deus Ewan, Jô, meu melhor amigo, agora estudava proteção, e assim sucessivamente. Mas não eu. Fiquei pra traz, continuo trabalhando em um pouquinho de tudo até que meu dom seja revelado. Por onde passo em nosso povoado as pessoas olham e cochicham. Claro, não era a única que havia ficado pra traz, mas nunca ninguém esperou que Rose, a filha do melhor discípulo da guerra em gerações e da discípula da natureza mais querida pela rainha um dia fosse ficar entre aqueles sem nenhum dom. Eles dizem que é temporário, mas nunca, em meus quinze anos, vi alguém que não foi classificado ter revelado algum dom depois disso. Sou uma fracassada. Minha mãe diz que não devo me sentir mal, e que com certeza guardo algo muito especial dentro de mim, mas não consigo acreditar nela. Tenho certeza que se meu pai fosse vivo, pediria ao deus dele pra me dar um dom. Ninguém mais quer fazer isso por mim. Consideram uma ofensa aos deuses. Mas ninguém se lembra de que eles não são exatamente deuses. São sete homens, sete amigos que aprenderam a manipular poderes, criaram uma formula para a imortalidade, e que fundaram nosso povoado. Moram no topo da montanha. E a única que pode falar diretamente com eles é a rainha. Bom, a não ser quando dessem ao povoado disfarçados, alguns querendo uma companheira, outros a procura de diversão. Pelo menos é o boato que circula entre as senhoras. Contam que há quinze anos uma moça foi pedida em casamento pelo deus da colheita, Callum, e vive hoje tomando a poção da imortalidade, mas eu nunca me interessei de verdade por eles. Passo a tarde toda indo para um lado e para o outro, e a única coisa em que