Índios moram em ocas e não em cidades...
Iasmim Jayne PATROCÍNIO.
Acadêmica do 1° Ano do Curso de Licenciatura em Geografia - UEMS, email: iasmim_indinha@hotmail.com.
Orientadora: Sandra Cristina de SOUZA
Professora Doutora do Curso de Licenciatura em Geografia da UEMS
Resumo
Este artigo tem a finalidade de mostrar a falta de reconhecimento da identidade do índio, onde a sociedade foi construída na visão dos livros didáticos. Esses tais são utilizados em educação infantil, já exercendo a influência na mente das crianças de que “índio mora na oca, come peixe e mandioca, anda nu, e tem vários filhos”. Acontece que depois da imigração dos portugueses ao Brasil eles trouxeram seus costumes, crenças, religião (na época a Católica Apostólica Romana) e nesse processo de multiculturalismo foi-se misturando a cultura indígena X portuguesa juntamente a africana (com o tráfico negreiro muito influente), surgindo então a que denomino de “cultura brasileira”. Desse modo, muito dos índios civilizaram-se e adequaram-se ao novo modo de vida, longe da natureza e mais perto da tecnologia.
Palavras-chave
Cultura indígena; territorialidade; identidade
Introdução
Lembro que quando criança ouvia falar de “índio” a partir do livro didático, sempre abordando como um sujeito genérico: “os índios andavam nus, caçavam e pescavam, comiam raízes, moravam em ocas, adoravam o sol e a lua! E seu dia era comemorado em 19 de Abril”. Hoje, escrevendo essa pesquisa e lembrando do passado não muito distante, percebo que todos os livros que tive enquanto estudante da 1ª a 4ª Série retratava o índio de uma forma estereotipada. Ainda durante o tempo de estudante do antigo primário, lembro que todo o dia 19 de Abril os professores pintavam os rostos das crianças e os pais ficavam contentes ao receber os filhos no portão da escola. Anos mais tarde, já cursando o Ensino Médio observo que a imagem que havia sobre os povos indígenas pouco mudava, ou seja, os