“COMO É SER UM MORCEGO” A CONSCIÊNCIA E O PROBLEMA MENTE E CORPO

1921 palavras 8 páginas
“COMO É SER UM MORCEGO”
A CONSCIÊNCIA E O PROBLEMA MENTE E CORPO

4 de junho de 2014
Belo Horizonte/MG
INTRODUÇÃO
A consciência é o que faz do problema da relação mente-corpo um problema verdadeiramente intratável. É por essa razão, talvez, que as discussões mais recentes acerca do problema da relação mente-corpo lhe dão tão pouca importância ou o deturpam de uma forma evidente. A recente vaga de furor reducionista produziu várias análises de fenómenos e de conceitos mentais forjadas com vista a explicar a possibilidade de uma qualquer variedade de materialismo, de identificação psicofísica ou de redução. Mas os problemas por elas tratados são aqueles comuns a este e outros tipos de redução quando, na verdade, o que faz da mente-corpo um problema único, é ignorado.
Para Nagel compreendemos muito pouco as relações entre mente e corpo , assim como as características mais importantes dos fenômenos mentais conscientes. As atuais análises sobre esses problemas são de caráter reducionista. A redução consiste em considerar certas ordens de fenômenos como sujeitos às leis mais bem estabelecidas de outra ordem de fenômenos. Por exemplo, podemos considerar os fenômenos orgânicos como submetidos às leis dos fenômenos físicos e, esses últimos, como sujeitos às leis dos fenômenos mecânicos. Assim, toda redução tem uma analogia tomada das ciências moderna. Os alvos da crítica de Nagel são aos fisicalistas. Ele entende por fisicalismo “a tese de que uma pessoa, com todos seus atributos psicológicos, não é nada além do seu corpo com todos os seus atributos físicos” (NAGEL, 1996, p.121). Os estados mentais são reduzidos a estados do corpo; os processos mentais reduzidos a processos físicos. Há uma identidade entre o mental e o físico. Isso significa, para Nagel, que nós compreendemos muito pouco as características mais importantes dos fenômenos mentais. A maior parte das teorias reducionistas nem se quer buscam explicá-las.

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