É POSSIVEL UMA COZINHA TIPICA BRASILEIRA?
Silvia Helena de Freitas Rizzo
GASTRONOMIA: ÉTICA E CULTURA
“É possível uma cozinha tipicamente brasileira?”
Prof.Daniel Souza
São Bernardo do Campo – São Paulo
Abril/2014
Cada povo possui um tipo de culinária, um modo peculiar de preparar seus alimentos. Do ponto de vista da cultura folclórica percebe-se que, através de diferentes formas, misturas, temperaturas, odores e cores os povos vão transformando os alimentos em uma atração. Comer é conhecer, desse modo, todas as culinárias do mundo representam formas de conhecimento, ou seja são sinais culturais.
O Brasil possui uma culinária original e expressiva. Ao longo de 500 anos, o brasileiro assimilou e transformou a cozinha europeia, principalmente a portuguesa, as especiarias que os colonizadores trouxeram do Oriente, adicionando ingredientes das culinárias africanas e indígenas. Foram as trocas alimentares, portanto, a união de distintos caminhos e experiências de vida, de etnias e de culturas, a miscigenação de gostos, formas e aromas, que geraram uma nova e rica culinária: a brasileira.
A nossa culinária na atualidade possui seus pratos regionais típicos.
Ante o exposto, e debates em sala de aula, pode-se entender que não existe, talvez quase impossível dizer que tenhamos – ainda – uma cozinha tipicamente brasileira, ela pode ser regional, a essência de nossa cozinha está da diversidade, na interculturalidade, pois absorvemos muito das culturas e costumes de outros povos. Seria utópico pensar em purismo gastronômico. O Brasil em sua imensa dimensão territorial acopla também uma pluralidade de costumes, gostos, necessidades, viabilidades.
Podemos citar o renomado chef “Alex Atala” que sonha criar uma cozinha tipicamente brasileira, mas ainda não conseguiu, pois esbarra na regionalização e logística que envolve os ingredientes, não existe um prato que seja puro, de ingredientes nacionais, que não tenha influência ou que não tenha absorvido algo de