ética

A Ética no Âmbito Jurídico

1. INTRODUÇÃO
O Direito tem, em sua essência, bases alicerçadas em pilares nos quais, dentre eles, se encontra a ética, seja na atuação dos operadores, magistrados, ou ainda no que diz respeito a todos aqueles que estão sujeitos às normativas abrangidas pelo Poder Judiciário e a nossa Carta Magna vigente, a atual Constituição Federal de 1988.
A ética é, e deve ser, aquilo que norteia o ser humano. Mas afinal, o que é ser ético? Qual a finalidade de ser ético? Quais são, no entanto, as consequências de ser ou não ser regido pelos princípios éticos?
O presente trabalho busca, além de esclarecer estas questões, relacionar de que forma a ética serve como principal norte para toda a organização normativa do país, isto é, traz consigo a responsabilidade de ser o motivo pelo qual existem leis e um ordenamento jurídico a ser seguido por todos os cidadãos.

2. A ÉTICA NO ÂMBITO JURÍDICO

2.1 Breves considerações sobre moral, ethos e ética
Num primeiro momento, considere-se o conceito de moral, cujo qual sustenta ser esta peça fundamental nada mais que um conjunto de valores, tradições, culturas, hábitos, leis e regras que orientam a ação do ser humano.
Sob outra ótica, entende-se por ethos uma relação considerável com o caráter, costumes, dentre outros traços comportamentais. São basicamente, características sociais e individuais de um grupo. Nos coloca diante do modo de ser, de pensar e de habitar o mundo próprio de um indivíduo e/ou de uma coletividade. Tem em sua dimensão profissional, a forma como agimos, falamos, nos vestimos, compondo assim uma riqueza social, as quais devem ser de certa forma equiparadas, constitutivas. Em suma, tem-se sobre o ethos a identidade de ser.
Já no que tange à ética propriamente dita, conceitua-se no pensamento baseado em boas razões, fazendo um misto entre a moral e o ethos pessoal, a fim de analisar e encontrar seus fundamentos, dar seus critérios de validade. Basicamente, a ética é a análise,