Ética protestante

WEBER, M. A ética protestante e o espírito de capitalismo. São Paulo: Pioneira, 1996.

Max Weber faz uma comparação de algumas religiões no que diz respeito, em especial, a conduta ética. Destacou que o Calvinismo enquanto religião contribuiu para o desenvolvimento do capitalismo moderno. O Calvinismo defende a doutrina da predestinação. Defende a tese que o indivíduo já nasce salvo por Deus ou predestinado ao inferno. O homem calvinista vivia de modo sistemático; as ações eram realizadas em prol de aumentar a glória do Senhor. Tinham a ideia de que o sexo serviria apenas para a procriação. O prazer carnal seria condenado por Deus. Os Calvinistas viam o trabalho como uma solução para encontrar a salvação. Caso obtivessem o êxito nesse segmento, serviria como uma resposta de Deus, uma resposta positiva ao comportamento dos Calvinistas seria traduzida como uma bênção de Deus. Inclusive nos dias atuais penso que ainda é comum que alguns protestantes pensem dessa forma. Quanto mais riquezas forem obtidas, maior a certeza de estar no caminho certo (agradando a Deus) e ter um lugar garantido no céu. Nesse sentido, podemos inferir que aquele homem que fosse pobre, já seria predestinado ao inferno. A consequência dessa ideologia Calvinista foi à criação de um grande número de postos de trabalho. Entretanto, o capital adquirido não serviria para o homem se vangloriar com tal riqueza, mas uma maneira de garantir a o meio de subsistência e aumentar a glória do Senhor. Em consequência disso, houve acúmulo de riquezas. Consequentemente houve um aumento de poupança, que gerou o aumento de capital (através dos juros), o que mais na frente serviu de base para o desenvolvimento do capitalismo moderno. Weber também coloca que o Luteranismo não contribuiu para o desenvolvimento do espírito do capitalismo devido a sua ética se apoiar na doutrina da salvação pela fé. Nesse sentido, um Luterano, ao contrário do Calvinista, não precisaria de sucesso material para se garantir a