Ética Medieval

1354 palavras 6 páginas
Ética cristã Medieval
O cristianismo se eleva sobre as ruínas da sociedade antiga; depois de uma longa e sofrida luta, transforma-se na religião oficial de Roma (séc. IV) e termina por impor o seu domínio durante dez séculos. Ruindo o mundo antigo, a escravidão cede o seu lugar ao regime de servidão e, sobre a base deste, organiza-se a sociedade medieval como um sistema de dependências e de vassalagens que lhe confere um aspecto estratificado e hierárquico. Nesta sociedade, caracterizada também pela sua profunda fragmentação econômica e política, devida à existência de uma multidão de feudos, a religião garante uma certa unidade social, porque a política está na dependência dela e a Igreja – como instituição que vela pela defesa da religião – exerce plenamente um poder espiritual e monopoliza toda a vida intelectual. A moral concreta, efetiva, e a ética – como doutrina moral – estão impregnadas, também, de um conteúdo religioso que encontramos em todas as manifestações da vida medieval.
A Ética Religiosa
A ética cristã – como a filosofia cristã em geral – parte de um conjunto de verdades reveladas a respeito de Deus, das relações do ser humano com o seu criador e do modo de vida prático que o ser humano deve seguir para obter a salvação no outro mundo.
Deus, criador do mundo e do ser humano, é concebido como um ser pessoal, bom, onisciente e todo poderoso. O ser humano, como criatura de Deus, tem seu fim último em Deus, que é o seu bem mais alto e o seu valor supremo. Deus exige a sua obediência e a sujeição a seus mandamentos, que neste mundo humano terreno tem o caráter de imperativos supremos.
Assim, pois, na religião cristã, o que o ser humano é e o que deve fazer definem-se essencialmente não em relação com uma comunidade humana (como a polis) ou com o universo inteiro, mas, antes de tudo, em relação a Deus. O ser humano vem de Deus e todo o seu comportamento – incluindo a moral deve orientar-se para ele como objetivo supremo. A essência da

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