Ética, Liberdade e Responsabilidade.
Pensando nos meios de comunicação, em sentido amplo, somos lançados de volta aos dois elementos inerentes e indissociáveis da ética: liberdade e responsabilidade.
A facilidade de disseminação de informações, transmitidas on-line quase imediatamente, quando ocorrem os fatos ou são criadas novas ideias, acessível a qualquer um; garantiu uma liberdade irrestrita a participação nas novas mídias, que, inclusive, não estão restritas só a internet.
O que fez aflorar dois problemas que estão se tornando, cada vez mais, importantes e que precisam ser adequadamente abordados na formação dos profissionais de comunicação, remetendo novamente a relevância da ética:
1. O abuso da liberdade na divulgação de informações, em muitos casos não verdadeiros e nocivos à sociedade.
2. A facilidade e fomento ao plágio.
A sociedade capitalista nem sempre enxerga como imoral a empresa ou pessoa que inventa uma informação para obter lucro; ou aquele que comete plágio para promover sua própria imagem; mas, de uma forma ou outra, termina prejudicada direta ou indiretamente.
A problemática da liberdade conduz, portanto, a questão da responsabilidade, um olhar mais amplo do que o “eu”, para entender o “nós”.
Não se trata somente de agir em conformidade com a lei ou os preceitos estabelecidos por um grupo especifico que se autoregulamenta, é uma questão de coerência com o coletivo expresso em uma consciência interna sobre o certo e o errado.
O grande problema é que conceituar o correto passa por uma relativização que corresponde às necessidades pragmáticas do coletivo, transformando-se no decorrer do tempo, espaço e cultura.
A ética, dentro do âmbito da formação do profissional de comunicação, torna-se essencial para entender esta dinâmica e pautar definições justas e uteis ao “eu” e ao “nós” ao mesmo tempo, avançando até o “eles” e o respeito ao outro, mesmo quando diferente de nós e constituindo minorias.
Caso contrário corremos o risco de