ética - escravatura

ESCRAVATURA NO BRASIL: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS
A escravidão teve início no Brasil com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os negros africanos eram trazidos de suas colônias pelos portugueses, e aqui eram usados como mão de obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. Eles eram vendidos como se fossem mercadorias e os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.
O transporte da África até o Brasil era feito nos porões dos navios negreiros. Em condições desumanas, amontoados, muitos morriam antes mesmo de chegar ao Brasil, seus corpos eram, então, lançados ao mar.
Tanto nas fazendas de açúcar como nas minas de ouro, os escravos eram tratados da pior forma possível. Eram obrigados a trabalhar de sol a sol, recebendo apenas uma alimentação de péssima qualidade e trapos de roupas. As noites eram passadas nas senzalas, galpões escuros e úmidos, acorrentados para evitar fugas.
Os escravos eram constantemente castigados fisicamente, sendo o açoite a prática de punição mais comum. Eram, ainda, proibidos de praticar a sua religião de origem africana ou de realizar seus rituais. A religião católica lhes era imposta pelos senhores de engenho, bem como a língua portuguesa deveria ser adotada na comunicação.
Apesar de todas as restrições e imposições sofridas, os escravos não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, eles realizavam seus rituais e festas, mantiveram suas representações artísticas e crenças e desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.
No século XVII, também conhecido como Século do Ouro, alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito acabavam fechando as portas para estas pessoas.
O negro reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Eram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando os quilombos. Os quilombos eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade,