Ética: Alain de Botton e Michael Sandel

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Proposta: “Alain de Botton, no texto abaixo, afirma que o egoísmo pode dar origem a um ato moral. Explique o argumento do autor e diga como Michael Sandel responderia a isso?”

Alain de Botton começa o seu primeiro artigo expondo alguns contextos que poderiam resultar em respostas ambíguas no que se diz sobre o que é certo ou errado.
Com isso introduz a questão de que a justiça e moral eram e de muitas formas ainda são decretadas pela religião. Mas dado que nem a religião pode ser considerada como a máxima da moral, autor mostra que criou-se a necessidade de buscar novas formas de medir o que é justo. Apresenta como primeira alternativa o utilitarismo, que mede o que é certo e o que é errado pelo Princípio de Utilidade: uma ação está certa se tende a aumentar a felicidade para o máximo de pessoas e errada se tende a produzir o inverso dela. Por exemplo, ao invés de martirizar qualquer mentira, o autor afirma que mentir para uma cozinheira que fez um prato ruim para garantir sua felicidade é válido aos olhos dos utilitaristas. Em contraposição o autor dá alguns motivos pelos quais o utilitarismo é problemático: em primeiro lugar porque os efeitos de um ato a longo prazo não podem ser sabidos e em segundo lugar porque o utilitarismo não considera os motivos por trás de uma ação – se é prazeroso para uma multidão ver um homem arrancar os olhos não é possível simplesmente afirmar que é justo porque a maioria está feliz.

Botton segue seu artigo falando sobre Kant, que ao contrário dos utilitaristas crê que a essência da moralidade está por trás do motivo do ato feito e que uma ação pode ser vista como correta se esta pode virar uma ação universal – uma ação como furar a fila facilita a vida apenas do que furou a fila e por isso não pode servir de exemplo de ação “correta”, pois se realizada por todos resultaria no caos.

Botton termina seu artigo questionando se esse jeito quase doloroso de vida de desistir de fazer o que quer por seguir o que é

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