éstetica transendental

1907 palavras 8 páginas
1. Introdução Devido a enorme influência de Kant na composição do pensamento filosófico, optei por fazer o trabalho no âmbito de sua Crítica da Razão Pura (CrP-1787-B); poderíamos dizer que esta influencia, ou mesmo, marca o nascimento da chamada Epistemologia, ou seja, Teoria do Conhecimento. Não estou a dizer que Kant foi o primeiro a elaborar perguntas acerca da fundamentação do conhecimento, mas sim que ele foi o principal pensador da dita “tradição” a realizar um projeto que questiona a própria possibilidade de conhecer, e é exatamente essa característica que inaugura o modo de pensar kantiano, ou seja, sua filosofia transcendental. Diferentemente do que acontecia nas questões do conhecimento, refiro-me às tentativas de fundamentar o conhecimento sem antes questionar sua própria possibilidade, Kant instaura perguntas sobre as condições de possibilidade do conhecimento em geral. Kant faz uma espécie de síntese das posturas racionalista, Descartes e Leibniz, e empirista, Hume. Esses três filósofos são decisivos para a efetivação do labor de Kant. Mas a influência desses pensadores no trabalho de Kant escapa do alvo do atual trabalho. O presente texto é uma tentativa, quiçá incauta, de expor as descrições dos conceitos utilizados por Kant em sua “Estética Transcendental”, bem como mostrar sua argumentação com o uso desses conceitos na primeira parte da “Doutrina Transcendental dos Elementos”, isto é, “Estética Transcendental”.
2. Desenvolvimento O escopo do texto é duplo, como foi exposto na Introdução. Em primeiro lugar, a apresentação dos conceitos e em segundo lugar a estruturação da argumentação realizada com o uso dos mesmos conceitos. Por Estética Transcendental Kant entende “uma ciência de todos os princípios da sensibilidade a priori” .1 Por sensibilidade Kant entende ” a capacidade de obter representações mediante o modo como somos afetados por objetos” .2

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