ÉDIPO REI: O MITO DE ÉDIPO NA VISÃO DE SÓFOCLES
Monografia apresentada ao curso de Letras da Universidade Estadual de Goiás – Unidade Universitária de Formosa – como requisito parcial à obtenção do título de Graduação em Licenciatura Plena em Letras Português/Inglês.
Formosa, 2009
ULISSES
O mito é o nada que é tudo.
O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo -
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.
Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.
Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade.
E a fecundá-la decorre.
Embaixo, a vida, metade
De nada, morre.
Fernando Pessoa
RESUMO
A lenda do rei Édipo vinha sendo trabalhada pela mitologia grega em florescimento no século V a.C e é a versão de Sófocles, em detrimento de outros tragediógrafos, a que mais altera os rumos originais do mito.
As tragédias apresentadas nos Concursos Trágicos, na Atenas dos séculos V e VI a. C. exerciam uma função no debate público sobre os rumos da cidade. O vencedor do concurso era aquele que, naquele momento histórico, segundo o juízo da cidade, melhor captasse e exprimisse os valores e questionamentos da sociedade.
Acreditasse que as tragédias forma originadas pelos mesmos mitos das epopéias, que foram muito importantes para toda a sociedade daquela época.
Os mitos possuíam importantes funções, além da religiosa, atingiam toda a organização política e social e toda a formação dos caracteres pessoais dos membros de uma comunidade. Os mitos contribuíam para que houvesse uma integração à vida social e política das pessoas, organizando as leis e regras das comunidades.
Palavras - chave: Édipo Rei, Mitologia, Grécia, Maldição, Tragédia Grega, Herói, Mito.
INTRODUÇÂO
Quem busca aproximar-se de Édipo já se vê colocado, de imediato na precária condição do herói tebano: diante de uma esfinge que, se não constrange com seu