Água nossa de todo dia
Água da chuva, água do mar, água revigorante no corpo cansado, água refrescante, que sacia a sede… Pois esse elemento da natureza, essencial, se tornará escasso em nosso planeta, se não for utilizado de forma sustentável. Porisso, torna-se extremamente importante a Campanha da Fraternidade 2004, enfocando justamente esse tema vital.
Embora o volume total do planeta seja de 1,44 bilhão de Km cúbicos, 97% são de água salgada e apenas 3%, de água doce, e somente 0,7% destes, em lagos, rios e subsolo, são passíveis de exploração. Hoje, 250 milhões de pessoas, em 26 países, enfrentam falta crônica de recursos hídricos. A previsão é de que em 30 anos saltará para 3 bilhões, em 52 países. Como se não bastasse, o consumo de água é duas vezes maior que o crescimento populacional.
A degradação do meio ambiente vem escasseando e contaminando rapidamente as reservas superficiais e subterrâneas desses recursos. O Brasil detém 12% de toda a água disponível para consumo no mundo. Apesar disso, nosso país é um dos que mais sofrem com o desequilíbrio entre a oferta e a demanda, desperdício, poluição e violação das áreas de preservação dos cursos d’água. O desperdício no Brasil chega a 60% da água tratada e injetada na rede, sendo que no meio agrícola chega a 93%. No Estado não é diferente: tendo o consumo direcionado em 69% para a agricultura, 23% para a para a indústria e 8% para uso doméstico, apenas 510 ml de cada litro de água tratada chegam aos consumidores. O restante é perdido em vazamentos, problemas nos hidrômetros e ligações clandestinas. O DMAE estima que em Porto Alegre perde-se 34,4% da água produzida.
A solução para o abastecimento de água no planeta está no manejo adequado e sustentável dos recursos, priorizando a preservação das nascentes dos rios, o tratamento dos dejetos sanitários, hospitalares e efluentes industriais, a correta destinação dos resíduos sólidos urbanos, um controle efetivo sobre a