África

As semelhanças entre o Brasil e o continente africano não se limitam em aspectos naturais, como a presença de extensas áreas florestadas, e em aspectos humanos, ambos vítimas do processo de colonização. Suas semelhanças são encontradas também nos aspectos econômicos, tanto o país como o continente tiveram seus recursos naturais explorados e seu processo de industrialização retardado, ambos compartilham o status de subdesenvolvido. Mas com o passar das décadas, Brasil e África tem trabalho para superar as cicatrizes do passado e consolidarem-se como regiões em desenvolvimento, e nesse processo as relações entre o país e o continente foram estabelecidas.
É no ano de 2003, no governo do então presidente Luís Inácio Lula da Silva, que essas relações se estreitam, devido às mudanças realizadas na política externa para com o continente. Durante o período que permaneceu na presidência da república, de 2003 até 2010, Lula realizou 33 viagens presidenciais ao continente, e 19 novas embaixadas foram criadas. Além disso, é de sua responsabilidade a criação da Cúpula América do Sul – África (ASA); instalação de um escritório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) em Gana; instalação da fábrica de antirretrovirais em Moçambique; instalação de uma fazenda-modelo para a produção de algodão no Mali; e a criação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). (INSTITUTO LULA, 2013).
Foi no decorrer do estreitamento dessas relações, que diversas empresas brasileiras viram no continente africano a possibilidade de se instalarem. Além das facilidades comerciais decorrentes dessa aproximação, a mão de obra barata, infraestrutura em desenvolvimento e equilíbrio político dos países africanos, despertaram a atenção de empresas, como o grupo Odebrecht.
A empresa baiana escolheu Angola como país de investimento, e instalou-se no território em 1984. Mas foi com a atuação do governo Lula, que seus investimentos se intensificaram, e é