ÁFRICA PARA TODOS

A extensão do conceito racial para autodeterminação dos negros africanos. Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) o continente africano debatia-se em questões de toda a sorte, tendo como destaque para política, acalentada na luta pela independência motivada na recusa do domínio colonial imposto pelos países europeus. Motivando-os a empreender várias lutas de resistência que visavam criar estratégias para o desenvolvimento do continente que nesse momento encontrava condições favoráveis, uma vez que a ideologia da guerra-fria pairava e conduzia a atmosfera dos países que buscavam a hegemonia do poder político. A primeira abordagem em nossa análise investigativa tem por objetivo, compreender o processo na construção e conscientização de uma África para todos “pan-africanismo”, e as ações para o surgimento da ambiência de autodeterminação para os países africanos. Para tanto, colocamos dois pontos que consideramos importantes, o primeiro cultural em segundo o político.
“...Não bastam condições degradantes de vida para que se constitua um movimento social contestatório do colonialismo. É preciso identificá-las, o que pode ocorrer, basicamente, em duas dimensões. A primeira é predominantemente cultural, voltada para a afirmação de identidades nacionalistas como o pan-africanismo, por exemplo. A segunda, por sua vez, é sobretudo política, contando com a criação de associações e partidos que articulam interesses e organizam solidariedades no plano das relações internacionais, convergindo para a consecução da independência e da autodeterminação, em torno de um ideário que acentua a igualdade e a solidariedade entre os indivíduos e as nações.” Hernandez p.175

O pan-africanismo desde o seu surgimento fora do continente africano, exerceu uma forte influência sobre as lutas dos diferentes povos na América do Norte, do Sul e na África para mudar a ambiência então existente dos direitos cívicos e colonização. Criado em meados de 1900 pelo advogado Henry Sylvester