T Tulo Do Fichamento

As diferenças e semelhanças entre a pesquisa artística e a científica
Amanda Mamede, UFMS
Campo Grande, MS, 9 de abril de 2015

Silvio Zamboni é o autor do livro A Pesquisa em Arte. Nascido na cidade de São Paulo, vive e trabalha em Brasília desde 1978. É artista, doutor em artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e pioneiro da criação da área de artes no CNPq e no uso dos computadores em arte. Zamboni (1998, p. 6) descreve “pesquisa em arte”, como o trabalho de pesquisa na criação artística, feito pelo próprio artista, que se coloca como pesquisador e tem como objetivo final a obra de arte. Em um sentido mais amplo, muitas outras pesquisas têm a arte como objeto, mas seus métodos de investigação são variados de outros campos do conhecimento. O objetivo principal do autor com o livro é propor uma metodologia de pesquisa de criação artista no campo das artes visuais, embora, ainda levando em consideração o caráter intuitivo da área. Existem diferentes formas de processar o trabalho artístico. Por exemplo: existem artistas que trabalham majoritariamente com sua intuição e outros que pesquisam conscientemente.
No começo, temos uma discussão sobre a arte e a ciência como conhecimento. Segundo Zamboni (1996, p. 11) a história da humanidade se confunde com a história do conhecimento humano pois, esse conhecimento, é condicionado aos valores vigentes de determinada época. O conhecimento será julgado e concebido pela ótica da época que o gerou, por isso determinada informação agrega um sentido atualmente, porém não fora o mesmo sentido em épocas passadas e provavelmente não será o mesmo no futuro. Descartes (1596-1690) “revolucionou” o modo de pensar ocidental, especialmente os aspectos explicativos do conhecimento humano. Houve uma ruptura com a maneira anterior de conceber o mundo. A razão era o apoio para desenvolver sua teoria, que necessitava de um método. São quatro conceitos básicos: evidência, divisão, ordem e enumeração – enunciados