R ssiaXUcr nia

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RússiaXUcrânia
O que fazer quando uma briga entre vizinhos deixa todo o condomínio às escuras, sem energia elétrica? É mais ou menos o que está acontecendo hoje na Europa, mas com relação ao gás. Por conta de um desentendimento comercial, a Rússia interrompeu no Ano Novo o fornecimento do produto para a vizinha Ucrânia, prejudicando o abastecimento em toda região.
O problema é que a Ucrânia redistribui, por meio de seus gasodutos, 80% do gás russo vendido para Europa - sendo que um quarto de todo gás europeu provém da Rússia. Como resultado, a briga entre os dois países ganhou dimensão internacional.Pelo menos 15 países europeus já foram afetados e, em alguns casos, tiveram o abastecimento reduzido em até 90%. Entre as nações atingidas estão Hungria, Polônia,Romênia, Turquia, República Tcheca, Bulgária, Áustria, Croácia, Bósnia, Grécia e Macedônia. Países da Europa Ocidental, como Alemanha, França e Itália, também sofreram cortes no fornecimento.
Toda a confusão aconteceu porque Moscou acusou o vizinho de dar um calote, além de desviar o produto comprado por outros clientes. Há também interesses políticos em jogo, que ainda não foram totalmente esclarecidos pelos Estados.A Gazprom, empresa que detém o monopólio do gás na Rússia, é a maior exportadora de gás natural do planeta. Ela acusa a Ucrânia de roubar, todos os dias, 65,3 milhões de metros cúbicos de gás destinado a países do bloco.
Os ucranianos negam a acusação de roubo.Mas o principal motivo das torneiras fechadas diz respeito ao contrato comercial entre as empresas de energia. A Naftogaz, firma de gás ucraniana, oferece US$ 201 (R$ 437) por mil metros cúbicos de gás, contra os U$ 250 (R$ 544) que a Rússia quer receber a partir deste ano. A Gazprom recusou a oferta. A Naftogaz apresentou então uma contraproposta de US$ 235 (R$ 514), e ainda aguarda uma resposta da gigante russa.
Já a tarifa de trânsito, ou seja, a taxa cobrada pela redistribuição de gás natural russo pelos gasodutos ucranianos, hoje é

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