Pesquisa em Embriões
A pesquisa em embriões humanos foi muito realizada nas décadas de 1960 e 1970 com o objetivo de disponibilizar técnicas de reprodução assistida. Esta pesquisa envolve conceptos humanos até a oitava semana de desenvolvimento. No relatório Warnock, publicado em 1984 no Reino Unido para esclarecer as questões sobre reprodução e embriologia, existe a proposição de que podem ser feitas pesquisas sem restrição até o 14o dia, desde que os pré-embriões utilizados sejam destruídos ao final do experimento. Esta proposta contraria todas as normas e diretrizes de pesquisa em seres humanos, desde o Código de Nuremberg, que propõem o impedimento de experimentos cujo desfecho possível seja a morte. Vale lembrar que foi o Relatório Warnock que criou o termo pré-embrião para designar este primeiro período de desenvolvimento embrionário. Foi uma alternativa para a discussão sobre a possibilidade de utilizar ou não embriões em pesquisas. Como não houve consenso, criaram um novo termo que não gerava as mesmas resistências.As pesquisas sobre clonagem de embriões animais tem despertado interesse e apreensão a respeito de sua transposição para a espécie humana, apesar de serem conhecidas as dificuldades para a realização deste tipo de experimento.
As novas pesquisas com células-mãe ou células tronco têm despertado grande debate, pois se utilizam de embriões para fins não-reprodutivos, apenas como fonte de células totipotentes, visando a sua possível aplicação terapêutica. Muitos autores, inclusive cientistas renomados como o Prof. Paul Berg, tem se posicionado a favor do uso de embriões não reclamados em pesquisas, desde que o prazo para implantação, 5 anos, na maioria dos países, já tenha vencido. Outros já tem obtido embriões especificamente com esta finalidade, inclusive comprando óvulos e sêmen para realizar este tipo de pesquisas, com o consentimento dos indivíduos que venderam seus materiais biológicos.
As questões éticas que