O trompete na antiguidade

O trompete na Antiguidade
A trompete é provavelmente, dos instrumentos musicais actualmente existentes, aquele que mais evoluiu ao longo dos tempos. A sua longa história teve início quando nos primórdios da humanidade, os nossos antepassados começaram a utilizar cornos de animais ou conchas de moluscos, para amplificar o som. Desde então, imensas alterações foram sendo introduzidas, de tal modo que a trompete dos nossos dias tem muito pouco a ver com o que existia em tempos mais primitivos. A mais antiga evidência da existência da trompete remonta a cerca de 1500 AC, que de acordo com pinturas encontradas no túmulo do imperador egípcio Tutankhamon. As trompetes egípcios eram constituídos por um tubo com cerca de 120 cm, construídos em prata ou bronze, o que para o seu tempo era já considerado uma maravilha tecnológica e eram utilizados sobretudo como meio de sinalização, como por exemplo de batalhas ou para assinalar a chegada de alguém. Este aliás, parece ter sido o uso privilegiado da trompete, ao longo de uma parte muito significativa da sua história, pelo menos até cerca de 1800, altura em que a introdução de válvulas permitiu a expansão cromática do instrumento e o transportou para outro nível. De facto, antes da introdução do sistema de válvulas, a trompete estava confinado à emissão de sons em intervalos naturais (dependentes do comprimento do tubo) o que limitava o seu uso, enquanto instrumento musical. Vestígios do uso da trompete são ainda encontradas noutras civilizações antigas, desde a Grécia à China, passando pela Índia, Roma antiga e Japão. O Dung é uma espécie de trompete usada no Tibete, que ainda subsiste nos dias de hoje. Tem quase 5 metros de comprimento. A trompete assumia na antiguidade um papel quase sagrado. No Tibete, em Roma e Israel, por exemplo, o seu carácter sacro significava que apenas os sacerdotes o podiam usar, costume que se prolongou por toda a Idade Média.
As próprias referências bíblicas ao trompete estabelecem uma forte