O trabalho infantil e a ética
Quando se fala em Ética, as primeiras idéias que surgem em mente dizem respeito a procurar fazer aquilo que é moralmente correto, conforme os costumes e tradições, ou seja, o bem comum e, consequentemente, agir dentro das delimitações da lei, do que ela determina. Ser um cidadão ético é, acima de tudo, ter a consciência limpa e a certeza que as próprias atitudes não causarão danos ou prejuízos morais à terceiros.
Ao relacionar a Ética ao trabalho infantil, guiando-se pela legislação (tanto a brasileira quanto a de outros países), nota-se que é proibido por lei qualquer tipo de trabalho em geral que envolva crianças, sendo as formas mais nocivas e cruéis de trabalho infantil considerada crimes. Apesar de ser vetado, o trabalho envolvendo menores é mais comum do que se imagina, principalmente em países subdesenvolvidos, devido ao fato de os pais obrigarem as crianças a se inserirem no mercado de trabalho para ajudar financeiramente a família, porém, mesmo com as leis em vigor, as penas não chegam a ser aplicadas para quem induz o menor a trabalhar, somente, e em alguns casos, para quem os contrata. Fica então evidenciada a chamada antiética contra os menores que trabalham da parte de quem os faz trabalhar, e até mesmo de quem contribui para o trabalho da criança, por exemplo, comprando balas de pequenos vendedores, engraxando sapatos e pagando por outros pequenos serviços praticados por menores. A antiética contra o menor desvia o foco do verdadeiro sentido da infância, que é um período no qual a criança deve, sobretudo, brincar e aprender, além de afastar o menor das aulas, ou quando não afasta, pode ter como conseqüência um baixo rendimento escolar. Inserir o trabalho precocemente no contexto infantil pode vir a prejudicar a saúde física e emocional da criança e impede, no futuro, uma inserção digna destas pessoas no, cada vez mais exigente, mercado profissional.
Ao se falar em mercado, há um surpreendente alento quanto à questão