o serviço social em 1930, 40, 50

Na década de 30, com a finalidade de regular a tensão entre os industriais e os trabalhadores que surgiam frente à nova expansão da indústria e consequentemente a expansão da periferia e favela, os industriais junto com o estado e a igreja criam o serviço social, que em 1932 teve início com a criação dos CEAS, centros de estudos de assistência social da igreja católica onde as futuras assistentes seriam as filhas de burgueses que fossem católicas e virgens. Em 1936 é criada a 1° escola de serviço social em São Paulo e depois no rio de Janeiro. Nesta época o serviço social era focado apenas nas famílias dos operários em casos individuais e os benefícios ainda eram distribuídos conforme uma interpretação conservadora e moralista da igreja católica onde seriam beneficiadas famílias que fossem mais estruturadas. Também foi criada a CLT que regia leis trabalhistas como jornada de trabalho e salário mínimo, tudo isso meticulosamente articulado para controlar o povo enquanto a igreja através do serviço social atua com seu caráter moralizante, individualizante e psicologizante justificada pela caridade neotomista e aproveitando para difundir a doutrina católica.
Na década de 1940 o empresariado investe em escolas de qualificação de mão de obra para a indústria com o sistema S, neste momento o assistente social não trabalha mais só na igreja, ele é responsável por encaminhar os trabalhadores para os cursos, ainda sob a moralidade da igreja que seleciona homens e mulheres de famílias estruturadas. O estado cria a previdência social, a LBA e a fundação Leão VIII, esta última era responsável por acompanhar e influenciar o momento de lazer do trabalhador que morava em favela com a finalidade de controlar a entrada do comunismo na favela, dada a grande notoriedade do mesmo neste momento. Neste novo contexto a visão neotomista já não cabia mais, o que leva o S.S. a se alimentar do positivismo dos Estados Unidos onde tudo teria que ser provado cientificamente mudando a atuação