O Ritual
Capela, minha pacata cidade, e para visitá-lo eu preciso da ajuda de Atal, meu velho e amado fusca.
Era manhã de domingo por volta de 9 horas, o céu continha algumas nuvens que se alternavam a sobrepor o Sol, amenizando um pouco o calor. Em frente a minha casa, famílias passavam rumo a igreja, o velho hábito das missas de domingo, eu também costumo ir, mas como esse domingo resolvi visitar Daniel, apenas cumprimentava meus conhecidos que passavam.
Costumeiramente tenho o hábito de olhar todos os detalhes possíveis a minha volta, desde a hora, a situação do tempo, número de pessoas, movimentação e etc, mas a rotina daquele momento me fez sobrepor esse princípio. Coloquei algumas coisas no Atal, conferi sua gasolina e água, então pós certificar-me que estava tudo certo, liguei o rádio do carro, coloquei meu bom e velho óculos. Como sempre, cabelo bem arrumado para trás, barba bem formada, essa era minha visão ao verificar o espelho para garantir meus últimos detalhes, por fim dei partida.
A minha velha maleta com alguns objetos e livros estava ao lado como sempre, me fazendo companhia como carona. Ao sair da cidade tomei a estrada de terra, uma paisagem agradável. O horizonte dividido ao meio por aquela estrada branca, com cercas de arame, e a paisagem típica de sertão, aquele sol alternando, e sempre que oculto por uma nuvem o vento frio passeava pelo ar. Pássaros cortam o céu, passando de um lado para outro dos pastos. É possível encontrar casas afastadas da estrada, e até ver famílias trabalhando.
O relevo então mudou um pouco, tive que dobrar a atenção, passei