O Riso e a peça Juiz de paz na roça
“O RISO”
Aluna: Nathalie Moreira de Oliveira
Teatro – noturno
Professora: Claudia Braga
Em “Juiz de Paz da Roça”, Martins Pena usa várias estratégias para alegrar o público, o riso se faz presente quando existe a identificação do público com as cenas.
Martins Pena tinha uma sensibilidade social e um entendimento sobre os movimentos revolucionários da época, sendo assim, ele consegue levar para o palco uma crítica sobre a sociedade brasileira. Nessa peça os “tipos” brasileiros estão presentes fazendo a identificação ser evidente e capaz de tirar muitas risadas da platéia.
Encontra-se também trocadilhos e inversões de palavras e frases como exemplo:
“Ora, acontecendo ter a égua de minha mulher um filho, o meu vizinho José da Silva diz que é dele, só porque o dito filho da égua de minha mulher saiu malhado como o seu cavalo. Ora, como os filhos pertencem às mães, e a prova disto é que a minha escrava Maria tem um filho que é meu, peço a V.S.ª mande o dito meu vizinho entregar-me o filho da égua que é de minha mulher.” A comicidade e o humor explorados nas cenas cotidianas rurais são de extrema importância na peça como o fato de Manuel João guardar o prato de comida na gaveta quando escuta alguém bater em sua porta.
Outra cena merecedora de risos é a cena em que o juiz de paz da roça se compara ao juiz das grandes cidades, nessa cena Martins ironiza a precariedade e o atraso do aparelho judicial.
A crítica às convenções sociais como casamento, família e o governo é um prato cheio para se obter muitas e muitas risadas.
Ao analisar essa obra pude perceber como o riso requer referências, existem palavras que não consegui identificar, mas acredito que para o público daquela época, essas palavras foram de mera importância para a execução do rir.
Na pequena farsa de Martins Pena chamada de “Os ciúmes de um pedestre” encontra-se uma comicidade