"O QUE É A HISTÓRIA?" A abordagem de Keith Jenkins

"O QUE É A HISTÓRIA?" A ABORDAGEM DE KEITH JENKINS

Introdução

Entender o significado da história consiste, primeiramente, em aceitar que ela é constituída de diferentes discursos a respeito do mundo, e que estes discursos têm como objeto de investigação o passado. Portanto, a história não é o passado, mas um discurso sobre parte dele, e o presente trabalho tem como objetivo dissertar acerca do significado da história. Para isso, a bibliografia básica deste trabalho baseia-se no escrito de Keith Jenkins (2001), que procura responder à questão “O Que é História?” através de dois enfoques: tanto teórico quanto prático.
Jenkins discorre sobre o que é história na abordagem teórica a partir da afirmação de que ela é constituída de discursos acerca de objetos, e que estes objetos podem ser interpretados de diferentes formas. O objeto em questão é o passado, e a história é o que os historiadores transmitem em seus discursos sobre ele. Portanto, Jenkins procura fazer uma distinção essencial entre passado e história, uma vez que os dois são frequentemente confundidos. Em seguida, passa-se para o problema de como captar o passado no discurso histórico, dado que existem limites às pretensões ao conhecimento, sendo o principal deles o fato de que o objeto de investigação dos historiadores está ausente na maioria dos casos. Assim, a análise segue demonstrando a limitação de três campos teóricos: da epistemologia, da metodologia e da ideologia.
A epistemologia é o campo filosófico das teorias do conhecimento, e sua fragilidade é observada no ponto em que a história é um campo do conhecimento aberto a interpretações múltiplas, isto é, a história não permite conhecer definitivamente toda a verdade acerta de um fato, e nem de como este fato veio a se tornar história. Dado que a história é um constructo pessoal, diversas influências do historiador podem ser transcritas em seu discurso sem que o mesmo tenha conhecimento disso. Dessa forma, surge o problema da escolha da