o que é capitalismo

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Segundo Catani, a economia mercantil-escravista cafeeira teve o seu início a partir do capital mercantil nacional, mas só veio a tomar força com o fim do monopólio do comércio metropolitano e chegada de um sistema monetário nacional que surge com a chegada da família real no Brasil no início do século XIX, vendo a ser o passo decisivo para a formação do Estado Nacional. Esse capital mercantil nacional entra na área da produção, sendo que muitas fazendas de café foram organizadas com capitais transferidos diretamente do setor mercantil, mas também existiam recursos produtivos prévios e subtilizados, terras próprias para o cultivo do café e mão de obra escrava que se encontrava disponível com o declínio da economia mineira. Importante também é "o nascimento e sentido da demanda externa por café" (página 70). O consumo do café se generalizou e o Brasil se tornou a maior região produtora de café do mundo, já a partir de 1830. A economia cafeeira surge como latifúndio escravista, produzindo muito e barato.

Essa economia mercantil-escravista passa a ter contornos definitivos: grande empresa produzindo em larga escala, baseada no trabalho escravo articulada a um sistema comercial-financeiro. Com a queda do "exclusivo metropolitano" e com a formação do Estado Nacional estabelece no Brasil uma economia nacional, criando caminhos para a nacionalização e apropriação do excedente.

O desenvolvimento da economia mercatil-escravista, segundo Catani, está sujeito a três condições fundamentais que são: "disponibilidade de trabalho escravo a preços lucrativos, à existência de terras em que a produção pudesse ser rentável e às condições de realização, relativamente autônomas, por aqui dependentes também do comportamento das economias importadoras" (página 73).

Catani acredita que a recuperação das linhas gerais do movimento da economia cafeeira entre 1810 e 1870 seria de fundamental importância para se desvendar alguns pontos relativos à crise da economia colonial e o

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