O que são recursos humanos? flávio de toledo

Flávio de Toledo, autor do livro, inicia a discussão caracterizando o que são Recursos Humanos, definindo como “conjunto de princípios, estratégias e técnicas que visa contribuir para a atração, manutenção, motivação, treinamento e desenvolvimento do patrimônio humano de qualquer grupo organização”, ou seja, são formas de capacitar e incentivar os indivíduos ao trabalho. Nessa caracterização, o autor demonstra que a área de Recursos Humanos é tão antiga quanto à humanidade, pois entre os homens pré-históricos sempre houve treinamentos, seleções e distribuições das caçadas, mesmo que por instinto. A Revolução Industrial do século XVIII foi o marco para a área de recursos humanos, o que antecipava esse período era o trabalho hierarquizado, burocratizado e totalitário. Portanto, a ênfase dos Recursos Humanos era no controle de produção com o objetivo de se atingir metas mais altas. Nesse sentido, podemos dividir a área em dois pólos distintos 1)Alienação, entendido como a submissão aos valores institucionais dados; e 2)Humanismo, entendido no trabalho como a auto-realização do ser humano. O período após a Revolução Industrial aumentou a distinção entre direção e execução do trabalho, criou-se uma fenda entre quem planeja e quem faz o trabalho, incorporando elementos do autoritarismo tecnocrático e eliminando qualquer expressão de autonomia do trabalhador. Interessante ressaltar que Flávio de Toledo aponta a grande fragmentação do trabalho como a “burrificação” do esforço, enquanto para os empreendedores seria a racionalização do trabalho. Nas primeiras décadas do século XX a atividade de Recursos Humanos passou a ser estruturante nas organizações, pois além das funções tradicionais de recrutamento, seleção, treinamento e controle de pessoal, a missão de articular com os movimentos sindicais, adaptar o ser humano as novas máquinas e “encaixar” os ser humano nas estruturas hierárquicas passou a ser um novo desempenho. Nesse contexto, a partir da década de 1950, a