O populismo no brasil e na américa latina
A perda de prestígio e força política da classe dominante unida a uma massa proletária alienada de sua posição no meio social e a um líder político e carismático capaz de mobilizar todo o poder e a nação sempre em um contexto pós-crise econômica associada a crise política se tratam dos produtos mais comum do fator denominado de governos populistas.
Assim, nos entremeios do século XX se pode notar uma verdadeira manifestação de governos populistas na América Latina. Governos que aliciaram a massa trabalhadora – isenta de seu potencial social – para que circunscrevam ao lado do Estado com a concessão de benefícios sociais e por outro lado continuam com a perpetuação elitista no poder. A mutação de uma sociedade basicamente agrária para uma sociedade em busca da modernização voltada para o ramo industrial nacional, ressaltando a intervenção estatal na economia também como marca destes governos.
Mesmo diante destes pequenos ensaios que tentam ao menos definir o populismo, ainda não há uma linha teórica concisa sobre sua própria definição. Partindo desse pressuposto tentará este artigo expor suas principais semelhanças, conceitos, contexto histórico, os meios de manipulação que este tipo de governo utilizou.
Governos Populistas na América Latina e no Brasil
Os governos populistas que se desenvolveram na América Latina no apresentam semelhanças tanto do ponto de vista sociopolítico quanto econômico. Assim, podemos destacar os principais governos latino americanos caracterizados como populistas os governos de Vargas no Brasil, Juan Péron na Argentina e Lázaro Cárdenas no México, sendo que este último apresentou uma forma exclusiva de populismo o que pouco o diferenciou do Brasil e Argentina.
Interessante que diferente da Argentina e do Brasil o populismo no México toma rumo diferente numa questão crucial chamada reforma agrária. O governo cárdenas foi o governo que mais distribuiu terras dentre o período de 1915 à 1962.