O pensaamento grego

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A física jônica ignora tudo o que se diz sobre experimentação. Ela transpõe abstratamente a concepção de mundo elaborada pela mitologia (religião). Os mitos cosmogônicos ganham mais credibilidade com a cosmologia. Os mitos são interrogados: como o cosmos (a ordem) pode surgir do caos?
Essa teogonia passa a ser cada vez mais refutada e, passo a passo, a filosofia primeira – chamada de phýsis (natureza) – tenta encontrar respostas que no mundo não existia. Cansados das respostas míticas, os homens da Grécia vão buscar respostas neles mesmos. Daí começa-se a nascer uma valorização pelo racional.
Destacam-se os três primeiros filósofos dessa fase da phýsis: Tales (de Mileto), que diz a responsável pela vida é a água e que todos os corpos são formados por água – uma teoria não tão estranha para nós nos dias de hoje –, Anaximandro (discípulo de Tales), que dizia que a água não formava sozinha o mundo, mas se associava à terra, ao fogo e ao ar, e Anaxímenes que dizia ser o ar (o ilimitado, o ápeiron) o elemento vivificante das coisas.
Contudo, cada vez mais a razão humana vai ganhando destaque. Já não mais se aceitam respostas sem um conteúdo racional, não pensado antes, não refletido e experimentado. Com tudo isso, a filosofia vai abrindo caminhos para muitas outras ciências irem sendo desenvolvidas e, conseqüentemente, vai se desenvolvendo o pensamento humano. Mais tarde, a partir de Sócrates, a questão sai do âmbito cosmológico e passa para o âmbito antropológico. O homem torna-se centro dos estudos filosóficos, mas ainda com resquícios dos pensadores da phýsis.

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