O papela da filosofia no conflito entre a fé e a razão

4026 palavras 17 páginas
O PAPEL DA FILOSOFIA NO CONFLITO ENTRE A FÉ E A RAZÃO

INTRODUÇÃO

A polêmica entre a fé e a razão tem suas origens na Idade Média, quando eram vistas por alguns, como coisas distintas e inconciliáveis, por outros, como harmônicas e análogas, ou ainda, havia os que acreditavam que eram complementares. No entanto, não se pode limitar a questão do conflito entre fé e razão apenas num momento específico na história. A relação tempestuosa entre fé e razão dentro da filosofia teve momentos de discórdias e de reencontros. O nascimento da filosofia se deu como tentativa de superar obstáculos provenientes de uma fé obstinada em relatos passados. A tentativa de explicar os fenômenos a partir de causas racionais já anunciava o confronto com as formas de pensar e agir (fé) do antigo povo grego, que traçava sua conduta em mitos. Posteriormente, à época da inquisição, surge o renascimento que apela à razão humana contra a tirania da Igreja. Mirando-se em exemplos como Galileu, Bruno e Descartes, que reinventaram o pensamento contra a fé cega que mantinha os homens na ignorância das trevas e reclamava o direito à luz natural da razão. O ápice desse movimento foi o Iluminismo, que compreendia a superação total das crenças e superstições infundadas e prometia ao gênero humano dias melhores a partir da evolução e do progresso. Atualmente o homem dominou a natureza, mas não consegue dominar as suas paixões e interesses particulares. Declarado como expropriado dos meios de produção e forçado a sobreviver, eis que o homem se aliena do processo produtivo e se mantém em um domínio cego, numa crença inconsciente de si e do outro (ideologia). O irracionalismo cresce à medida que se promete liberdade aos seres humanos a partir de outra fé: o trabalho. O homem explora e devasta o mundo em que vive e não tem consciência disso. E tudo isso para enriquecer uma classe dominante, constatando o

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