O papel do medo na legitimação da violência e violações estatais: a construção do crackudo em São Paulo

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
HSPG - 1º/2013 -TURMA: D

A identificação de si no outro: A repressão policial como propulsor da revolta

Lucas Marinho Pimenta 13/0013358

Brasília – DF, Julho de 2013

É impressionante o crescimento quase que exponencial da participação popular nos recentes protestos vistos pelo Brasil, nem o mais otimista ativista poderia prever tal adesão popular às reivindicações anteriormente ignoradas ou repudiadas. Daí a pergunta: O que alavancou esse “despertar” da nação? Não é preciso ser um integrante assíduo de movimentos populares ou de sindicatos para ter sentido esse sentimento de estranhamento do aumento da massa nos recentes protestos, qualquer estudante de ensino médio que já tenha participado de uma manifestação do movimento estudantil sabe a dificuldade para se unir apenas mil pessoas e conseguir o apoio popular pela causa pretendida.
O grande propulsor da insatisfação popular foi o MPL (movimento passe livre), entretanto, os primeiros protestos promovidos não reuniram nem 1/10 das pessoas vistas no auge das manifestações, onde cerca de um milhão de cidadãos foram às ruas em todo o país. A pauta abordada por este movimento está ligada ao transporte público, onde reivindicavam, entre outras coisas, o passe livre. Entretanto, com o aumento das passagens em vinte centavos anunciado pelo governo de São Paulo, a pauta principal passou a ser a redução da tarifa para o preço originalmente praticado.
A primeira manifestação contou com um número significativo, mas pouco comparado com as demais que viriam nos próximos dias. O que chamou atenção foi o repúdio com que o ato foi retratado na mídia televisiva, houve críticas massivas ao movimento por ser formado substancialmente por jovens de classe média que não teriam necessidade de revolta por um aumento tão ínfimo perto de suas rendas, outro fato chocou foi a repressão policial no ato, foi brutal e

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