O nascimento da lógica

A Lógica
Capítulo 1
O nascimento da lógica
É lógico!
“É lógico que eu vou!”, “É lógico que ela disse isso”! . Freses como essas, usando a expressão “é lógico que” indica, para nós e para a pessoa com que estamos falando, que se trata de alguma coisa evidente(que não oferece dúvida, claramente). A expressão aparece como se fosse a conclusão de um raciocínio implícito (Que está envolvido, mas não de modo claro (explicado) compartilhado pelos interlocutores do discurso. Ao dizer “É lógico que eu vou!” estou supondo que quem me ouve sabe, sem que isso seja dito explicitamente(claro, explicado), que também estou afirmando: “Você me conhece, sabe o que penso, gosto iu quero, sabe o que vai acontecer no lugar x e na hora y, portanto, não há dúvida de que irei até lá
Nesses casos, estamos tirando uma conclusão que nos parece óbvia, e dizer “é lógico que” seria o mesmo que dizer “é claro que” ou “não há dúvida de que”.
Em certas ocasiões, ouvimos, lemos, vemos alguma coisa e a mossa reação é dizer: ”Não. Não pode ser assim, Isso não tem lógica!”. Ou, então: “Isso não é lógico!” Essas duas expressões indicam uma situação oposta às anteriores, as duas expressões estejam indicando que o conhecimento que possuímos sobre alguma coisa, sobre alguém ou sobre um fato não é suficiente para compreendermos o que estamos ouvindo, vendo, lendo e por isso nos parece ”não ter lógica”. Nesses exemplos, podemos perceber que as palavras lógica e lógico são usadas por nós para significar:
Inferência (indução, conclusão), coerência (ausência de contradição), conclusão sem contradições, conclusão a partir de conhecimentos suficientes são algumas noções implicitamente pressupostas por nós toda vez que afirmamos que algo é lógico ou ilógico.
Ao utilizarmos as palavras lógica e lógico é participar de uma tradição de pensamento que se origina da filosofia grega, a palavra logos significando pensamento-conhecimento—conduziu os filósofos a indagar se o logos obedecia ou não a regras,