O MONASTISCISMO

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O MONASTISCISMO

Santo Antão (c. 251­356) formou seus primeiros discípulos, que decidem renunciar ao mundo e se agrupar em torno dele. Desta época ­ que podemos situar aproximadamente em 305 ­ data de fundação da primeira comunidade cristã no Egito. Ainda não é um mosteiro, mas, no máximo, uma laura, um agrupamento de anacoretas, submetidos a uma ascese e a um modo de vida relativamente livres. Esta primeira comunidade, Antão a estabelecera às margens do Nilo, não longe da fortaleza de Pispir, perto da atual aldeia de Deir­el­Maimum. Santo Antão, portanto, é o fundador da vida monástica primitiva individual. Faleceu no dia 17 de janeiro de 356, com 105 anos. São Pacômio (c. 290 ­ c. 364) Fundador do monasticismo copta. Depois de viver 12 anos com um eremita ele também funda seu primeiro mosteiro por volta de 318 situava­se perto da aldeia de Tabenesi, na margem ocidental do Nilo, nas proximidades da antiga cidade de Denderah. A obra monástica de São Pacômio foi estupenda, sete mil monges estavam sob seu controle direto no Egito e na Síria. Todos eram tomados por uma profunda simplicidade, obediência e devoção. A sua organização monástica ficou conhecida como tipo comunal ou coletivo de monasticismo cenobítico. São Pacômio tinha o dom divino da administração. Sua obra serve de exemplo até hoje. Comunidade Monástica «O mosteiro é um céu terrestre e, assim, nós devemos ser como anjos», escreve João
Clímaco autor ascético do século VII. O mosteiro, no seu simbolismo essencial, é uma representação reduzida da Cidade celeste. É por isso que é rodeado de muralhas que o isolam do mundo externo, semeado de flores e de plantas como no jardim do Éden. Os jardins, as fontes dos mosteiros como uma evocação do paraíso. «É possível avaliar o simbolismo das igrejas e dos jardins dos mosteiros», escreve
Mircea Elaide num capítulo de seu livro Mythes Rêves et Mystères. «A paisagem que envolve o

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