O MITO DO PROGRESSO

O MITO DO PROGRESSO

Dupas em seu livro, busca analisar a quem dominantemente o progresso serve e quais os riscos e custos de natureza social, ambiental e de sobrevivência da espécie que ele está provocando; e que catástrofes futuras ele pode ocasionar. Principalmente, procura determinar quem escolhe sua direção e com que objetivos, mantendo uma perspectiva crítica em relação ao discurso hegemônico.
Dessa forma, busca apontar elementos para desconstruir o discurso hegemônico sobre a globalização associada à idéia de progresso inexorável.
Neste sentido, o principal objetivo dos intelectuais que aderiram a tais movimentos foi justamente a crítica da idéia de progresso.
Com efeito, sabe-se ainda que, são poucas as diferenças discerníveis entre a ampla literatura produzida pela corrente do “pós-desenvolvimento” e o ótimo conteúdo dos seis capítulos agora propostos pelo presidente do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais (IEEI), ou seja, GilbertoDupas.
É oportuno, então, que sejam realçadas duas: o uso que faz da noção de “hegemonia” e seu desejo de libertar o mito do progresso da “lógica do capital”.
Para a corrente do pós-desenvolvimento, os maiores estragos provocados pela idéia de progresso vêm sendo feitos no mundo periférico por elites que nada têm de “hegemônicas”, muito pelo contrário, Gilberto Dupas de uma forma oposta, enfatiza que o principal problema estaria nos discursos hegemônicos de parte dominante das elites.
Considerando a questão, Dupas ressalta que as elites dominantes, não mostram o que realmente existe ou pode há vir existir por trás das tecnologias e progresso, pois como observado em nossa volta, a ação indiscriminada do homem em nome do progresso vem causando danos irreversíveis ao planeta.
Neste sentido, nota-se que se trata de um livro ao mesmo tempo claro e denso, de grande relevância para a discussão do futuro da sociedade brasileira. Gilberto Dupas retoma temas de grande repercussão no mundo em que estão sendo priorizados apenas