O Jornalismo no período de transição para um Brasil independente – baseado na leitura do livro Insultos Impressos, de Isabel Lustosa.

1277 palavras 6 páginas
Deborah Novais

O Jornalismo no período de transição para um Brasil independente – baseado na leitura do livro Insultos Impressos, de Isabel Lustosa.

Em 1808, ocorreu a chegada da corte portuguesa no Brasil, devido à fuga de Dom João VI das tropas de Napoleão Bonaparte. Houve um grande progresso econômico, assim como o intelectual. Juntamente a eles, surgiu a imprensa feita no Brasil. Durante os anos seguintes, o jornalismo possuiu uma censura que o permitia apenas ser “bajulador” da coroa portuguesa – a conhecida como imprensa áulica – que perdurou até 1820. De acordo com Maria Lúcia Pallares-Burke, o jornalismo e os jornalistas adquiriram, durante o século XVIII, “uma dignidade que havia sido prerrogativa dos livros e de seus autores” (Pallares-Burke apud Lustosa, 2000).
Alguns anos depois, em 1820, aconteceu a Revolução Constitucionalista portuguesa, que provocou grande instabilidade, de modo a exigir posturas que o rei e seus ministros não eram familiarizados. Portugal exigia que fosse promulgada uma Constituição, e Dom João voltasse ao seu país de origem para resolver aquelas exigências. Alguns recomendavam a permanência dele no Brasil, pelo menos até que a situação ficasse mais favorável para sua volta, enquanto outros aconselhavam que ele regressasse à sua terra.
Naquele momento de grande indecisão, surgiu um panfleto, em língua francesa, que foi impresso com a rubrica do rei, por pedido de Tomás Antônio. Nele, estavam contidos os pensamentos do ministro sobre o assunto. Foi causado um grande impacto e, consequentemente, ordenado que recolhessem o panfleto. Nesse mesmo contexto, surgiu o responsável pela censura na Impressão Régia, e futuro Visconde de Cairu, José da Silva Lisboa.
É atribuída a ele a criação do “Despertador Brasiliense”, documento que teve papel importante na decisão de D. Pedro I permanecer no Brasil. Já em 1822, um panfleto chamado “A heroicidade brasileira”, que teve sua apreensão a pedido do príncipe regente, com alegação de

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