O inferno são os outros

Cada ser humano possui responsabilidade pelos seus atos. Eles devem ser feitos com a consciênciua sobre o que pode ser desencadeado a partir deles. No entanto, parece ser mais fácil fazer algo de forma impulsiva para satisfazer uma vontade momentânea à ter que pensar antes de agir. Contudo, as chances de erros e consequentes arrependimentos se tornam maiores. E é natural do homem querer sair ileso de situações errôneas que ele tenha cometido. Por mais que a culpa seja completamente particular, insistimos em expandí-la ou passá-la para outras pessoas. Porque assim, parecemos mais corretos para os outros e para nós mesmos. Por isso, comumente, construímos a imagem que "o inferno são os outros" assim como disse Sartre definindo que os "outros" impossibilitassem a concretização dos seus projetos.
Porém, essa é apenas mais uma forma de querer se desculpar por algum erro ou incompetência. Transferir esse "inferno" é como colocar o cerne de um problema pessoal em outro parêmetro para criar uma realidade aceitável. Dessa forma, constrói-se um mundo completamente individualista, colocando os outros como entraves para problemas que só dizem respeito a própria pessoa.
As paranoias humanas contradizem de forma explícita a ideia de que "o inferno são os outros". A pessoa que sofre por ansiedade, por exemplo, mostra que esse inferno está dentro de cada um. Assim como o TOC, enquanto transtorno mental, também deixa claro a ideia de "luta interior".
É importante que as pessoas saibam discernir até onde vai a sua parcela de responsabilidade e onde começa a do outro. Colocar a culpa no semelhante como forma de escape não é um método eficaz para solucionar problemas. Então, é necessário que as ações sejam tomadas com a consciência do que pode ser acarretado em um futuro próximo.