O homem é o lobo do próprio homem
Odilon Conceição Cuti
Professor de Filosofia
Bacharelando em Ciências Sociais – UFSM
Já disse o filósofo Thomas Hobbes , “ o homem é o lobo do próprio homem.” Ou seja, o homem mata o homem com a mesma frieza com a qual faz o lobo.
E, talvez seja realmente assim. No estado de natureza , o princípio é a barbárie. A luta de todos contra todos. Estado onde a verdadeira identidade do ser humano se apresenta. Somos o que somos e pronto. Maus por natureza. Matamos inocentes por egoísmo. De acordo com ele , o homem é , por natureza , egoísta. O homem sempre foi lobo do homem.
O estado natural é, para todos, um estado de insegurança e de angústia. O lobo agride o homem, naturalmente. A metáfora acima afirma que. Que o homem é a única criatura que ataca a sua própria espécie só pelo prazer de ferir.E, neste estado , possui o que Hobbes chama de .direitos de natureza, que consistem na liberdade humana de se unir, para a preservação da vida e consequentemente, fazer tudo aquilo que o seu julgamento e razão, mostram adequar-se a esse objetivo; em outras palavras, é o direito da sobrevivência.
Antes de considerar o medo e a esperança em Hobbes é preciso analisar o efeito desta concepção. Hobbes tinha plena consciência de que a sua definição do homem – tal como Saramago em Ensaio Sobre A Cegueira é - que haveria de chocar os seus leitores que se prendiam à definição do homem como animal social.
Já, para Aristóteles o homem, por natureza vive em sociedade e nela desenvolve as suas potencialidades. As pessoas que se respaldavam no pensamento clássico preferiam fechar os olhos à tensão que há na convivência com os demais homens.Desta forma, tudo aquilo que se infere de um tempo de guerra, em que o homem é inimigo de todo o homem, infere-se também do tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida pela sua própria força e pela sua própria invenção.
É preciso, a