O Homem no estado civil
Para Jean Jacques Rousseau, o homem nasceria bom, mas a sociedade o corromperia.
Nesse estado civil, segundo Rousseau, o individuo não mais seria apenas um ser que se contenta só com “sua comida, seu companheiro e seu descanso”. Com o aparecimento da razão, o homem passa a se preocupar com a aparência e por consequência disso, busca reconhecimento e status.
“A Passagem do estado natural para o estado civil produz uma mudança muito importante no homem, substituindo em sua conduta o instinto pela justiça, e dando ás suas ações a qualidade moral que antes não possuíam. É somente quando a voz do dever toma o lugar do impulso físico e a lei sucede ao apetite, que o homem, que até então olhara exclusivamente para si próprio, vê que é obrigado a agir segundo outros princípios e a consultar sua razão, antes de atentar para suas inclinações.”
(Trecho da obra de Rousseau, O Contrato Social. Livro I, cap. VIII)
A Religião e a Igreja
Em sua obra Profissão de Fé de um Vigário Saboiano, Rousseau denunciou os males da Igreja e expôs uma doutrina religiosa baseada apenas na natureza e na razão.
O casamento e a família
O costume comum, antigamente era de que o pai arranjasse o casamento de seus filhos sem considerar o que os filhos pensavam e tão pouco seus sentimentos. Rousseau retratou essa situação em sua obra A nova Heloísa, que retrata a revolta da heroína ,quando prestes a ser dada em casamento:
“Meu pai vendeu-me, então? Sim, considerou sua filha como mera propriedade, entregou-a com tão pouco escrúpulo como um comerciante o faria com um fardo de mercadorias. Ele adquire seu próprio bem-estar e tranquilidade ao preço de todo meu futuro conforto, não, de minha própria vida.”