O homem de vocação política

A crise do “mensalãoâ€, com acusações de benesses financeiras a políticos para aprovação de matérias de interesse do Governo, trouxe à tona, novas discussões sobre a ética e a moral na política brasileira. As inúmeras formas de “convencimento†para a votação de projetos encaminhados pelo Governo, sempre se revelaram um banquete de oportunidades da classe política, ávidos por se locupletarem em seu apetite por distribuição de cargos na administração pública, direcionada a seus apadrinhados políticos, familiares e correligionários.

Sempre que fatos da espécie se apresentam ao conhecimento da sociedade, surgem as correntes que buscam intensificar discussões sobre reformas e aprimoramentos que necessitam serem implementados no sentido de permitirem maior transparência e lisura aos processos políticos de administração da coisa pública e dentre elas, surge como inconteste, a necessidade de uma reforma política ampla e abrangente.

Reforma política é sempre um tema complexo e polêmico porque envolve aspectos eleitorais e partidários, que afetam o desempenho e até a sobrevivência dos partidos políticos. A construção de uma sociedade democrática exige, entretanto, uma reforma política de amplitude inovadora, que expanda a democracia nas suas mais distintas possibilidades. A conciliação de interesses particulares, entretanto, se sobrepõe aos interesses maiores da nação, diante da necessidade dos políticos de manterem mecanismos que lhes assegurem manutenção de privilégios e prerrogativas únicas, consolidadas ao longo de décadas em que firmaram suas posições.

A Simples mudança de partidos na direção do País, não tem conseguido neutralizar os aspectos danosos da corrupção aos níveis que seria desejável. A mudança no perfil do político se faz sentir e a cada nova eleição, mesmo com as renovações, sempre são mantidos representantes com passado questionável, sob o ponto de vista moral, ético e