O HIV

Resumo:Transmissão vertical do HIV em população atendida no serviço de referência

O HIV/Aids no Brasil está associada com a tendência de feminização da pobreza e afeta principalmente as mulheres com baixa escolaridade. Nas regiões sul e sudeste a feminização da epidemia está mais estável, porém, nas regiões norte e nordeste há alta prevalência da doença. Nas mulheres brasileiras com idade entre 15 e 45 anos a prevalência é de 0,6% e entre as mulheres grávidas é de 0,41%.
Verifica-se que o aumento da transmissão vertical da infecção pelo HIV está diretamente associado ao crescimento de casos de Aids entre mulheres. Quase todos os casos de Aids em menores de 13 anos de idade têm a transmissão vertical do HIV como fonte de infecção. A taxa de transmissão vertical do HIV, sem qualquer intervenção, situa-se em torno de 25,5%.
O período de maior risco de transmissão do vírus é concentrado no terceiro trimestre da gravidez, e, principalmente, no momento do nascimento. Os recém-nascidos de mulheres infectadas pelo HIV devem receber a solução oral de zidovudina (AZT) nas primeiras duas horas de vida, mesmo que as mães tenham recebido medicamentos antirretrovirais durante a gravidez e/ou parto. O aleitamento materno natural é um risco adicional de transmissão vertical e é sistematicamente contra indicado no Brasil. Uma das intervenções mais eficazes para evitar o retorno à amamentação é começar a orientação para alimentação com fórmula durante o período pré-natal, complementando assim, o conjunto de intervenções conhecidas para reduzir a transmissão vertical do HIV.
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A maioria das gestantes conhece a possibilidade de transmitir o HIV para o seu filho. A exemplo do que tem sido observado em outras pesquisas realizadas no país 6,7% das gestantes neste estudo têm, em sua maioria, menos de trinta anos de idade e baixa escolaridade. Em todas as gestantes analisadas a transmissão se deu pela via sexual.
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O início tardio do pré-natal, após o