O FRUSTRANTE MERCADO: como o pecado da preguiça se elevou á categoria de virtude na pós-modernidade.

5696 palavras 23 páginas
O FRUSTRANTE MERCADO – A PULSÃO HUMANA NO MUNDO PÓSMODERNO: COMO O PECADO DA PREGUIÇA SE ELEVOU À CATEGORIA
DE VIRTUDE .
Albert Drummond
Resumo
Durante toda a história da Igreja o pecado da acídia sofreu modificações até chegar em sua forma final: a preguiça. Com os avanços da modernidade e com o advento da Revolução Industrial o vício da preguiça foi instinto da sociedade capitalista. Retomando, portanto com os avanços da modernidade e se elevando á categoria de virtude, no qual o indivíduo pós-moderno passa a se dedicar mais ao trabalho para comprar o seu tempo da preguiça.
Palavras-chave: Pós-modernidade. Preguiça. Moral cristã. Mercado. Trabalho.

THE FRUSTRATED MARKET - THE HUMAN INSTINCT AT POST- MODERN
WORLD: HOW THE SIN OF SLOTH ROSE TO THE CATEGORY OF VIRTUE.

Abstract
Throughout the history of the church the sin of acedia underwent changes until arriving at its final form: laziness. With the advances of modernity and with the advent of the Industrial Revolution it was the vice of laziness the instinct of capitalist society. Returning therefore to the advances of modernity and rising of the category of virtue, in which the postmodern individual begins to devote more time working to buy your laziness.
Keywords: Post-modernity. Laziness. Christian morality. Market. Work.
Contextualizando a Preguiça
Evágrio Pôntico1 foi o primeiro a organizar de forma sistemática as maiores falhas morais do homem. No entanto, seus estudos eram direcionados à vida nos monastérios e mais tarde acabariam por fazer parte do inicio do que se tornaria a teologia moral católica. Para ele em “Sobre os oito vícios capitais”
(2012) do latim, De octo vicium capitalia, os maiores vícios do corpo e da alma seriam: gula, luxúria, avareza, ira, tristeza, aborrecimento, vanglória e soberba.




Historiador e Mestre em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais. Email: a_drummond@hotmail.com

Por volta de 405, é escrita por Aurélio Prudêncio2 uma epopéia

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